Predefinição:História de Raul Donazar Calvet: mudanças entre as edições
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Calvet | Com 17 anos, Calvet entrou para o quadro de aspirantes do [[Grêmio Esportivo Bagé|Bagé]]. Ainda no final de 1951, no entanto, trocou para o rival [[Guarany de Bagé|Guarany]] para se profissionalizar. Embora inicialmente tenha atuado como ponteiro direito, logo passou a jogar como quarto zagueiro, sua posição preferencial. Em 1955, a pedido de [[Oswaldo Azzarini Rolla|Oswaldo Rolla]] foi contratado pelo Grêmio. Em sua primeira passagem pelo tricolor, Calvet jogou quase sempre improvisado de centromédio. Descontente com a posição e com sua família não plenamente adaptada à capital, optou por voltar a Bagé no final de 1956. | ||
Em 1958, foi campeão de sua região com o [[Guarany de Bagé|Guarany]]. O clube chegou até a final do Estadual, disputada apenas em março do ano seguinte, quando foi derrotado pelo próprio Grêmio. O plano de Calvet era aposentar-se logo após o encerramento da disputa, mas acabou cedendo às pressões e permaneceu ativo. Em junho de 1959, o capitão gremista [[Ênio Antônio Rodrigues da Silva|Ênio Rodrigues]] sofreu uma lesão e seria submetido a uma cirurgia, que lhe tiraria dos gramados pelo menos até o final da temporada. Foi aí que [[Oswaldo Azzarini Rolla|Oswaldo Rolla]], mais uma vez, pediu que buscassem Calvet, agora com a garantia de atuar em sua posição. Calvet assinou um contrato curto, de apenas seis meses, com o objetivo de retornar a Bagé no início de 1960, quando seus serviços já não fossem necessários.<ref>Revista do Grêmio. Porto Alegre, n. 22, p. 23, 1959.</ref> | |||
Com grandes atuações, Calvet logo se revelou um zagueiro clássico e seguro, além de ser considerado um cavalheiro dentro e fora de campo. No começo de 1960, o [[Santos]], que, à época, frequentemente mantinha um quadro jogando pelos campeonatos oficiais e outro quadro excursionando pelo Brasil e pelo exterior, veio ao Rio Grande do Sul em busca de um zagueiro e de um goleiro. Segundo os jornais da época, a ideia dos santistas era levar [[Aírton Ferreira da Silva|Aírton]], mas acabaram levando Calvet. O goleiro escolhido foi [[Irno Lubke|Irno]], que estava no [[Cruzeiro-RS|Cruzeiro]]. | |||
Calvet | No Santos, Calvet foi titular absoluto de uma das formações mais vitoriosas da história do futebol brasileiro. Sagrou-se quatro vezes campeão paulista, quatro vezes campeão da Taça Brasil, bicampeão da Libertadores da América e bicampeão mundial. Nesse período, disputou onze partidas pela Seleção Brasileira, mas ficou de fora da equipe que disputou a Copa do Mundo de 1962, por uma decisão polêmica de Aymoré Moreira. Em 1964, durante um treino, sofreu uma ruptura do tendão de Aquiles. | ||
Com a grave lesão, Calvet decidiu pela aposentadoria e pelo retorno definitivo a Bagé. Pelo Guarany, ainda seria treinador e presidente. Faleceu em 2008, em Porto Alegre.<ref>https://www.santosfc.com.br/memoria-calvet-fazia-a-estreia-com-a-camisa-do-santos-fc/</ref><ref>https://tardesdepacaembu.wordpress.com/tag/raul-donazar-calvet/</ref> | |||
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Edição das 18h33min de 14 de junho de 2020
História
Com 17 anos, Calvet entrou para o quadro de aspirantes do Bagé. Ainda no final de 1951, no entanto, trocou para o rival Guarany para se profissionalizar. Embora inicialmente tenha atuado como ponteiro direito, logo passou a jogar como quarto zagueiro, sua posição preferencial. Em 1955, a pedido de Oswaldo Rolla foi contratado pelo Grêmio. Em sua primeira passagem pelo tricolor, Calvet jogou quase sempre improvisado de centromédio. Descontente com a posição e com sua família não plenamente adaptada à capital, optou por voltar a Bagé no final de 1956.
Em 1958, foi campeão de sua região com o Guarany. O clube chegou até a final do Estadual, disputada apenas em março do ano seguinte, quando foi derrotado pelo próprio Grêmio. O plano de Calvet era aposentar-se logo após o encerramento da disputa, mas acabou cedendo às pressões e permaneceu ativo. Em junho de 1959, o capitão gremista Ênio Rodrigues sofreu uma lesão e seria submetido a uma cirurgia, que lhe tiraria dos gramados pelo menos até o final da temporada. Foi aí que Oswaldo Rolla, mais uma vez, pediu que buscassem Calvet, agora com a garantia de atuar em sua posição. Calvet assinou um contrato curto, de apenas seis meses, com o objetivo de retornar a Bagé no início de 1960, quando seus serviços já não fossem necessários.[1]
Com grandes atuações, Calvet logo se revelou um zagueiro clássico e seguro, além de ser considerado um cavalheiro dentro e fora de campo. No começo de 1960, o Santos, que, à época, frequentemente mantinha um quadro jogando pelos campeonatos oficiais e outro quadro excursionando pelo Brasil e pelo exterior, veio ao Rio Grande do Sul em busca de um zagueiro e de um goleiro. Segundo os jornais da época, a ideia dos santistas era levar Aírton, mas acabaram levando Calvet. O goleiro escolhido foi Irno, que estava no Cruzeiro.
No Santos, Calvet foi titular absoluto de uma das formações mais vitoriosas da história do futebol brasileiro. Sagrou-se quatro vezes campeão paulista, quatro vezes campeão da Taça Brasil, bicampeão da Libertadores da América e bicampeão mundial. Nesse período, disputou onze partidas pela Seleção Brasileira, mas ficou de fora da equipe que disputou a Copa do Mundo de 1962, por uma decisão polêmica de Aymoré Moreira. Em 1964, durante um treino, sofreu uma ruptura do tendão de Aquiles.
Com a grave lesão, Calvet decidiu pela aposentadoria e pelo retorno definitivo a Bagé. Pelo Guarany, ainda seria treinador e presidente. Faleceu em 2008, em Porto Alegre.[2][3]
Títulos
- Grêmio
- Campeonato Gaúcho: 1956 e 1959.
- Santos
- Campeonato Paulista: 1961, 1962, 1963 e 1964.
- Campeonato Brasileiro: 1961, 1962, 1963 e 1964.
- Libertadores da América: 1962 e 1963.
- Mundial de Clubes: 1962 e 1963.
- ↑ Revista do Grêmio. Porto Alegre, n. 22, p. 23, 1959.
- ↑ https://www.santosfc.com.br/memoria-calvet-fazia-a-estreia-com-a-camisa-do-santos-fc/
- ↑ https://tardesdepacaembu.wordpress.com/tag/raul-donazar-calvet/