Mário Sérgio Pontes de Paiva: mudanças entre as edições
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Teve grande identificação com a torcida do [[Grêmio]], onde foi [[Mundial de Clubes|campeão mundial]], entre outros títulos; e do [[Internacional]], onde foi [[Campeonato Brasileiro|campeão brasileiro invicto]], entre outros títulos. No [[Grenal das Faixas]], vestido com a camisa do [[Internacional]] e com a faixa de Campeão do Mundo pelo [[Grêmio]], foi ovacionado por ambas as equipes. | Teve grande identificação com a torcida do [[Grêmio]], onde foi [[Mundial de Clubes|campeão mundial]], entre outros títulos; e do [[Internacional]], onde foi [[Campeonato Brasileiro|campeão brasileiro invicto]], entre outros títulos. No [[Grenal das Faixas]], vestido com a camisa do [[Internacional]] e com a faixa de Campeão do Mundo pelo [[Grêmio]], foi ovacionado por ambas as equipes. | ||
{{Citação|Na hora de trocarmos as faixas, pensei: ‘Poxa, alguém aí vai me vaiar, gremista ou colorado, não vai ter jeito’. No fim, eu, com a camisa do Inter e a faixa de campeão do mundo pelo Grêmio, acabei aplaudido pelas duas torcidas. Me emocionei barbaridade.}} | |||
Em [[29 de novembro]] de [[2016]], quando cobria a [[Chapecoense]] como comentarista da final da [[Copa Sul-Americana]], acabou sendo vítima da tragédia do ''Voo 2933 da LaMia'', sendo um dos 71 mortos no acidente. Foi lembrado com carinho pelo técnico campeão do mundo, Valdir Espinosa<ref>http://zh.clicrbs.com.br/rs/esportes/gremio/noticia/2016/11/depois-de-acidente-aereo-valdir-espinosa-relembra-amizade-com-mario-sergio-8540046.html</ref>, em entrevista para a Rádio Gaúcha logo após o acidente, quando relembrou os velhos tempos de jogador, época em que foram companheiros no [[Vitória]], além de exaltar a técnica e a pessoa que foi o ex-jogador. | |||
== O jogador == | == O jogador == | ||
=== Começo de carreira === | === Começo de carreira === | ||
Mário Sérgio iniciou sua carreira no futsal do [[Fluminense]], esporte que praticou por sete anos até abandonar as quadras para se dedicar a carreira de processador de dados. Em [[1969]] foi estimulado por amigos a realizar testes no [[Flamengo]], onde fez os testes e foi aprovado para a equipe as categorias de base do clube rubro-negro. Apesar da técnica, Mário Sérgio era criticado pelo "vício de fominha", advindo do período em que atuou no futsal. Logo no seu segundo ano de [[Flamengo]], foi campeão do Campeonato Carioca de Aspirantes, sendo promovido para o time profissional em [[1970]]. Atuando pelo elenco principal, acabou não tendo espaço no time comandado pelo técnico Yustrich, com o qual não possuía boa relação, o que culminou na sua saída conturbada do Flamengo em [[1971]] | |||
=== Vitória === | |||
No [[Vitória]], Mário Sérgio obteve grande destaque no ano de [[1972]], quando ao lado de [[André Catimba]] formou o que muitos consideram como a melhor dupla de ataque da história do clube baiano. Além de Catimba, que também faria história no [[Grêmio]], Mário Sérgio jogou com outro grande nome da história do Tricolor, o técnico campeão do Mundo, [[Valdir Espinosa]], com quem morou e teve grande amizade no período de jogador, afinidade que se manteve ao longo dos anos. | |||
Enquanto atuou na equipe baiana, Mário Sérgio foi duas vezes ganhador do Bola de Prata, da revista Placar. Em [[1973]] conquistou a honraria jogando como ponta-esquerda, já em [[1974]], após ótima temporada atuando como armador, repetiu a conquista individual. Pelo Vitória, Mário Sérgio foi Campeão Baiano de [[1972]], marcando inclusive um dos gols da vitória de 3x1 sobre o [[Bahia]]. | |||
=== Rio e Argentina === | |||
Após grande passagem pelo [[Vitória]], Mário Sérgio foi vendido ao [[Fluminense]], sendo um dos nomes da ''Máquina Tricolor'', juntamente com Rivelino, Paulo César, Gil, Manfrini e Edinho, em equipe que se sagrou campeã do Campeonato Carioca de [[1975]] sobre o [[Botafogo]]. Apesar do título estadual, Mário Sérgio acabou deixando o [[Fluminense]] após desavenças com o então presidente do Tricolor Carioca, Francisco Horta. No ano seguinte, foi contratado pelo [[Botafogo]], onde jogou de [[1976]] até [[1979]]. | |||
Jogando pelo Time da Estrela Solitária, Mário Sérgio acabou sofrendo com uma contusão no joelho, tendo ficado afastado dos gramados por quatro meses. Por um erro de avaliação, foi forçado a voltar aos gramados antes de um regular período de recuperação, o que acabou prejudicando de sobremaneira seus meniscos. Tais fatos geraram desavenças com dirigentes do Botafogo, o que culminou com sua transferência para o Rosário Central da Argentina, em [[1979]], clube onde teve curta passagem devido ao temperamento forte e o período afastado de sua esposa, que cursava de engenharia no Brasil. | |||
=== Grêmio === | === Grêmio === | ||
Edição das 20h14min de 29 de novembro de 2016
Mário Sérgio | |||
Informações pessoais | |||
Nome Completo | Mário Sérgio Pontes de Paiva | ||
Nascimento | 7 de setembro de 1950 | ||
Local de nasc. | Rio de Janeiro, RS, Brasil | ||
Pé | Canhoto | ||
Apelido | Vesgo | ||
Dados adicionais | |||
Clube atual | Ex-atleta | ||
Posição | Trenador, Meia | ||
Clubes de juventude | |||
Anos | Clubes | ||
1969 | Flamengo | ||
Clubes profissionais | |||
Anos | Clubes | Jogos | Gols |
1969–1971 | Flamengo | 12 | (03) |
1971–1975 | Vitória | 82 | (06) |
1975–1976 | Fluminense | 14 | (00) |
1976–1979 | Botafogo | 20 | (03) |
1979 | Rosario Central | 02 | (00) |
1979–1981 | Internacional | 53 | (04) |
1981–1982 | São Paulo | 11 | (01) |
1982–1983 | Ponte Preta | 07 | (01) |
1983 | Grêmio | 01 | (00) |
1984 | Internacional | 08 | (01) |
1984–1985 | Palmeiras | 11 | (01) |
1986 | Botafogo-SP | 00 | (00) |
1986 | Bellinzona | 00 | (00) |
1987 | Bahia | 01 | (00) |
Seleção nacional | |||
Anos | Seleção | Jogos | Gols |
1981-1985 | Brasil | 08 | (00) |
Equipes que Treinou | |||
Anos | Seleção | Jogos | (Aproveitamento) |
1987 | Vitória | ||
1993–1995 | Corinthians | ||
1998 | São Paulo | ||
2001 | Vitória | ||
2001 | Atlético-PR | ||
2002-2003 | São Caetano | ||
2003–2004 | Atlético-PR | ||
2004 | Atlético-MG | ||
2007 | Figueirense | ||
2007 | Botafogo | ||
2008 | Atlético-PR | ||
2008 | Figueirense | ||
2009 | Portuguesa | ||
2009 | Internacional | ||
2010 | Ceará |
Mário Sérgio Pontes de Paiva, também conhecido como Mário Sérgio (Rio de Janeiro-RJ, 7 de setembro de 1950 - Cerro Gordo, Colômbia, 28 de novembro de 2016), foi um comentarista, treinador e ex-futebolista brasileiro que atuava como meia. Iniciou sua carreira esportiva no futsal do Fluminense, fazendo parte das categorias de base do Flamengo.
Mário Sérgio foi Campeão do Mundo, Campeão Brasileiro e multicampeão estadual. Foi ídolo do Vitória, sendo um dos poucos jogadores na história considerado ídolo de Grêmio e Internacional. Faleceu em 29 de novembro de 2016 em um trágico acidente de avião que comoveu o país, onde muitos da delegação da Chapecoense, jornalistas e demais tripulantes acabaram falecendo.
Vida pessoal
Mário Sérgio iniciou sua carreira esportiva no futsal, mas abandonou a carreira para trabalhar em uma empresa de computação. Concluiu o curso científico e pretendia ingressar na graduação em processamento de dados quando passou em um teste no Flamengo, sendo contratado pelo clube carioca.
Era conhecido pelo temperamento forte e técnica apurada. Foi criticado por alguns pelo individualismo, associado ao início no futsal, ao mesmo tempo em que era elogiado pelas atuações de alta qualidade e jogadas magistrais, tanto que lhe foi atribuído o apelido de Vesgo, por olhar para um lado e tocar a bola para outro.
Teve grande identificação com a torcida do Grêmio, onde foi campeão mundial, entre outros títulos; e do Internacional, onde foi campeão brasileiro invicto, entre outros títulos. No Grenal das Faixas, vestido com a camisa do Internacional e com a faixa de Campeão do Mundo pelo Grêmio, foi ovacionado por ambas as equipes.
“ | Na hora de trocarmos as faixas, pensei: ‘Poxa, alguém aí vai me vaiar, gremista ou colorado, não vai ter jeito’. No fim, eu, com a camisa do Inter e a faixa de campeão do mundo pelo Grêmio, acabei aplaudido pelas duas torcidas. Me emocionei barbaridade. | ” |
Em 29 de novembro de 2016, quando cobria a Chapecoense como comentarista da final da Copa Sul-Americana, acabou sendo vítima da tragédia do Voo 2933 da LaMia, sendo um dos 71 mortos no acidente. Foi lembrado com carinho pelo técnico campeão do mundo, Valdir Espinosa[1], em entrevista para a Rádio Gaúcha logo após o acidente, quando relembrou os velhos tempos de jogador, época em que foram companheiros no Vitória, além de exaltar a técnica e a pessoa que foi o ex-jogador.
O jogador
Começo de carreira
Mário Sérgio iniciou sua carreira no futsal do Fluminense, esporte que praticou por sete anos até abandonar as quadras para se dedicar a carreira de processador de dados. Em 1969 foi estimulado por amigos a realizar testes no Flamengo, onde fez os testes e foi aprovado para a equipe as categorias de base do clube rubro-negro. Apesar da técnica, Mário Sérgio era criticado pelo "vício de fominha", advindo do período em que atuou no futsal. Logo no seu segundo ano de Flamengo, foi campeão do Campeonato Carioca de Aspirantes, sendo promovido para o time profissional em 1970. Atuando pelo elenco principal, acabou não tendo espaço no time comandado pelo técnico Yustrich, com o qual não possuía boa relação, o que culminou na sua saída conturbada do Flamengo em 1971
Vitória
No Vitória, Mário Sérgio obteve grande destaque no ano de 1972, quando ao lado de André Catimba formou o que muitos consideram como a melhor dupla de ataque da história do clube baiano. Além de Catimba, que também faria história no Grêmio, Mário Sérgio jogou com outro grande nome da história do Tricolor, o técnico campeão do Mundo, Valdir Espinosa, com quem morou e teve grande amizade no período de jogador, afinidade que se manteve ao longo dos anos.
Enquanto atuou na equipe baiana, Mário Sérgio foi duas vezes ganhador do Bola de Prata, da revista Placar. Em 1973 conquistou a honraria jogando como ponta-esquerda, já em 1974, após ótima temporada atuando como armador, repetiu a conquista individual. Pelo Vitória, Mário Sérgio foi Campeão Baiano de 1972, marcando inclusive um dos gols da vitória de 3x1 sobre o Bahia.
Rio e Argentina
Após grande passagem pelo Vitória, Mário Sérgio foi vendido ao Fluminense, sendo um dos nomes da Máquina Tricolor, juntamente com Rivelino, Paulo César, Gil, Manfrini e Edinho, em equipe que se sagrou campeã do Campeonato Carioca de 1975 sobre o Botafogo. Apesar do título estadual, Mário Sérgio acabou deixando o Fluminense após desavenças com o então presidente do Tricolor Carioca, Francisco Horta. No ano seguinte, foi contratado pelo Botafogo, onde jogou de 1976 até 1979.
Jogando pelo Time da Estrela Solitária, Mário Sérgio acabou sofrendo com uma contusão no joelho, tendo ficado afastado dos gramados por quatro meses. Por um erro de avaliação, foi forçado a voltar aos gramados antes de um regular período de recuperação, o que acabou prejudicando de sobremaneira seus meniscos. Tais fatos geraram desavenças com dirigentes do Botafogo, o que culminou com sua transferência para o Rosário Central da Argentina, em 1979, clube onde teve curta passagem devido ao temperamento forte e o período afastado de sua esposa, que cursava de engenharia no Brasil.
Grêmio
Seleção Brasileira
Como treinador
Estatísticas
Jogador
Equipe | Temporada | Campeonato estadual |
Campeonato nacional |
Copa nacional |
Competições internacionais |
Competições amistosas |
Total | ||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Jogos | Gols | Jogos | Gols | Jogos | Gols | Jogos | Gols | Jogos | Gols | Jogos | Gols | ||
Grêmio | |||||||||||||
1983 | 00 | 00 | 00 | 00 | – | 01 | 00 | 00 | 00 | 01 | 00 | ||
Total | 00 | 00 | 00 | 00 | 00 | 00 | 00 | 00 | 00 | 00 | 00 | 00 | |
Seleção Brasileira |
1981 | – | – | – | 02 | 00 | 00 | 00 | 02 | 00 | |||
1982 | – | – | – | 03 | 00 | 00 | 00 | 03 | 00 | ||||
1985 | – | – | – | 03 | 00 | 00 | 00 | 03 | 00 | ||||
Total | – | – | – | 08 | 00 | 00 | 00 | 08 | 00 | ||||
Total | 00 | 00 | 00 | 00 | 00 | 00 | 09 | 00 | 00 | 00 | 09 | 00 |
* Atualizado em 29 de novembro de 2016.
Todos os jogos de Mário Sérgio pelo Grêmio
# | Data | Mandante | Placar | Visitante | Estádio | Competição | Gols Mandante | Gols Visitante | Detalhes |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
[1] | 11 de dezembro de 1983 | Grêmio | 2 – 1 | Hamburgo | Estádio Nacional | Mundial Interclubes | Renato Portaluppi (2) | Schröder | Ficha Técnica |
Títulos
Como jogador
- Flamengo
- Campeonato Carioca de Aspirantes: 1970
- Taça Guanabara: 1970
- Troféu Ponto Frio Bonzão: 1971
- Troféu Marechal Mendes de Morais: 1970
- Troféu Ary Barroso: 1970
- Troféu Pedro Pedrossian: 1971
- Taça Presidente Mécidi: 1971
- Vitória
- Campeonato Baiano: 1972
- Fluminense
- Botafogo-RJ
- Internacional
- Campeonato Brasileiro: 1979
- Campeonato Gaúcho: 1981 e 1984
- Copa Kirin: 1984
- Torneio Heleno Nunes: 1984
- São Paulo
- Campeonato Paulista: 1981
- Grêmio
- Seleção Brasileira de Masters
- Copa Pelé - Copa do Mundo de Masters: 1991
Premiações
Referências