Copa do Brasil de Futebol de 1989
I Copa do Brasil | ||||
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Copa do Brasil de 1989 | ||||
Dados | ||||
Participantes | 32 | |||
Organização | CBF | |||
Local de disputa | Brasil | |||
Período | 19 de julho – 2 de setembro | |||
Gol(o)s | 137 | |||
Partidas | 61 | |||
Média | 2,25 gol(o)s por partida | |||
Campeão | Grêmio (1º título) | |||
Vice-campeão | Sport | |||
Melhor marcador | Gérson (Atlético Mineiro) (7 gols) | |||
Maior goleada (diferença) |
Atlético Mineiro 7 – 0 América-RN Estádio Independência, Belo Horizonte 22 de julho | |||
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A Copa do Brasil de Futebol de 1989 foi a primeira edição da competição. A disputa ocorreu de 19 de julho a 2 de setembro.
O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense foi o campeão batendo o Sport Recife nas finais por 2x1. Com o título, o clube classificou-se automaticamente para a Copa Libertadores da América de 1990.
A Copa
Com a criação da Copa União em 1987, vários clubes de regiões menos populares que entravam no Campeonato Brasileiro por ser campeão estadual, deixaram de enfrentar os chamados "grandes" e com isso algumas agremiações corriam o risco até de fechar as portas. A solução foi criar uma "Copa" nos moldes dos Europeus.
Em 1989, a CBF cria a chamada Copa do Brasil, que permitia a entrada de clubes de todos os estados. Inicialmente todos os campeões estaduais e mais os vices de alguns estados com melhor representação nacional, jogavam partidas de forma eliminatórios. O campeão do torneio garantia vaga à Copa Libertadores da América e para a Supercopa do Brasil.
A conquista
A campanha Tricolor foi irretocável. O título veio de forma invicta. Em dez partidas, foram oito vitórias e dois empates, com 26 gols marcados e apenas quatro sofridos. A estreia ocorreu no dia 19 de julho. Em Vitória, no Espírito Santo, o Grêmio fez 1 a 0 no Ibiraçu. Três dias depois, no Olímpico, goleada por 6 a 0 e vaga garantida na segunda fase. O próximo adversário também não era de tradição. O time treinado por Cláudio Duarte iria encarar o Mixto-MT. Em Cuiabá, outra goleada, dessa vez por 5 a 0. A partida de volta nem aconteceu. O adversário abriu mão de jogar e o Grêmio acabou vencendo por W.O..
A partir das quartas de final os rivais passaram a ser mais fortes. Depois de encarar equipes sem muita expressão, o Grêmio iria duelar com o Bahia, que no ano anterior havia se sagrado campeão brasileiro em cima do Internacional. Na Fonte Nova, em Salvador. Fez 2 a 0 e trouxe um resultado altamente favorável. No Olímpico, apenas administrou, bateu os baianos por 1 a 0 e confirmou vaga em uma das semifinais. Era a vez de encontrar o Flamengo no duelo considerado mais complicado até então.
O jogo de ida deu a entender que a classificação seria decidida no detalhe. No dia 16 de agosto, as duas equipes empataram em 2 a 2 no Maracanã. O Flamengo começou arrasador. Logo aos 3 minutos, Edinho falhou, Sérgio Araújo escapou pela direita, tabelou com Nando e fez 1 a 0. Apenas seis minutos depois, o rubro-negro carioca ampliou. Leonardo foi à linha de fundo e cruzou para Nando fazer o segundo. O Fla ainda acertou uma bola na trave antes do Grêmio iniciar a reação. Aos 41, Paulo Egídio recebeu de Lino e desviou do goleiro Cantarelli. O Tricolor descontava ainda na primeira etapa da partida. O empate veio aos 10 minutos do segundo tempo. Paulo Egídio cobrou escanteio, a bola atravessou a área e sobrou para Luís Eduardo deixar tudo igual no Maracanã.
O Grêmio poderia empatar em 0 a 0 ou 1 a 1 o jogo de volta, dia 19 de agosto, no Olímpico. Mas o que se viu foi um massacre gremista. O time de Cláudio Duarte fez sua melhor apresentação no torneio, goleou por 6 a 1 e chegou à decisão com folga. Cuca, hoje técnico, foi quem abriu o placar após jogada de Assis. Se nos 45 minutos iniciais o Grêmio economizou nos gols, na etapa final a torcida cansou de comemorar. O segundo gol foi de Paulo Egídio, de cabeça, após mais uma jogada de Assis. Almir, Cuca, Paulo Egídio e Assis marcaram os outros gols.
A final foi disputada diante do Sport Recife, que eliminou o Goiás na semifinal. Com melhor campanha, o Grêmio decidiria no Olímpico. O confronto inicial aconteceu no dia 26 de agosto, em Recife. O empate em 0 a 0 era perigoso. O saldo qualificado dava ao Sport a vantagem de empatar com gols no jogo de volta para ficar com o título. Mais de 60 mil torcedores foram ao Olímpico no dia 2 de setembro. E o Grêmio não decepcionou. Logo aos 8 minutos de jogo, Cuca puxou um contra-ataque e abriu para Nando na esquerda. Ele cruzou na área, a zaga não conseguiu afastar e Assis pegou o rebote para fazer 1 a 0. Aos 31, Aílton cobrou escanteio, Mazaropi tentou cortar e acabou empurrando a bola para dentro do gol: 1 a 1. Mesmo com a falha, o goleiro teve o nome gritado pela torcida. O gol do título foi marcado no segundo tempo. Aos 6 minutos, Luís Eduardo cruzou na área, a bola passou por Lino e encontrou Cuca, que de perna esquerda venceu o goleiro Rafael e decretou a vitória por 2 a 1. Festa da torcida no Olímpico e taça inédita para o Grêmio. [1]
Participantes
A primeira edição da Copa do Brasil teve 32 participantes:
Estado | Equipe | Como se classificou |
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Alagoas | CSA | Campeão do Estadual de 1988 |
Amazonas | Rio Negro | Campeão do Estadual de 1988 |
Bahia | Bahia | Campeão do Estadual de 1988 |
Vitória | Vice-campeão do Estadual de 1988 | |
Ceará | Ferroviário-CE | Campeão do Estadual de 1988 |
Fortaleza | Vice-campeão do Estadual de 1988 | |
Distrito Federal | Tiradentes | Campeão do Metropolitano de 1988 |
Espírito Santo | Ibiraçu | Campeão do Estadual de 1988 |
Goiás | Atlético Goianiense | Campeão do Estadual de 1988 |
Goiás | Vice-campeão do Estadual de 1988 | |
Maranhão | Sampaio Corrêa | Campeão do Estadual de 1988 |
Mato Grosso | Mixto | Campeão do Estadual de 1988 |
Mato Grosso do Sul | Operário-MS | Campeão do Estadual de 1988 |
Minas Gerais | Atlético Mineiro | Campeão do Estadual de 1988 |
Cruzeiro | Vice-campeão do Estadual de 1988 | |
Pará | Paysandu | Campeão do Estadual de 1988 |
Paraíba | Botafogo-PB | Campeão do Estadual de 1988 |
Paraná | Athletico Paranaense | Campeão do Estadual de 1988 |
Pinheiros | Vice-campeão do Estadual de 1988 | |
Pernambuco | Sport | Campeão do Campeonato Pernambucano Estadual de 1988 |
Náutico | Vice-campeão do Estadual de 1988 | |
Piauí | Flamengo-PI | Campeão do Estadual de 1988 |
Rio de Janeiro | Vasco | Campeão do Estadual de 1988 |
Flamengo | Vice-campeão do Estadual de 1988 | |
Rio Grande do Norte | América-RN | Campeão do Estadual de 1988 |
Rio Grande do Sul | Grêmio | Campeão do Estadual de 1988 |
Internacional | Vice-campeão do Estadual de 1988 | |
São Paulo | Corinthians | Campeão do Estadual de 1988 |
Guarani | Vice-campeão do Estadual de 1988 | |
Santa Catarina | Avaí | Campeão do Estadual de 1988 |
Blumenau | Vice-campeão do Estadual de 1988 | |
Sergipe | Confiança | Campeão do Estadual de 1988 |
Regulamento
Os 32 participantes foram divididos em chaveamento de eliminatórias simples, com dezesseis grupos de dois times cada, enfrentando-se em jogos de ida e volta. Os mandos das partidas de volta na primeira fase foram dos campeões das federações que obtiveram maior renda bruta ao longo dos respectivos torneios de 1988 — no caso dos campeões que enfrentaram vices, o mando do segundo jogo foi do campeão.
Nas fases seguintes, os campeões manteriam a vantagem quando enfrentassem vice-campeões. Caso dois campeões ou dois vices se enfrentassem, o mando do jogo de volta seria do time com melhores números nas fases anteriores, seguindo a seguinte ordem: vitórias, saldo de gols e gols marcados. Em caso de empate em todos os critérios, o mando seria decidido por sorteio.
Os critérios de desempate em cada fase, nos casos de igualdade de pontos, referiam-se apenas aos dois jogos em questão e resumiam-se a saldo de gols e gols marcados como visitante (o chamado gol qualificado). Em caso de empate, a vaga à fase seguinte seria decidida em cobranças de pênaltis.
Foi também definido que o time que conquistasse o torneio por três vezes consecutivas ou cinco alternadas teria a posse definitiva do troféu.
Tabela
A tabela abaixo foi adaptada para mostrar sempre embaixo o time que fez o segundo jogo em casa.
Primeira fase | Oitavas de final | Quartas de final | Semifinais | Finais | |||||||||||||||||||
Internacional | 0 | 2 | |||||||||||||||||||||
CSA | 0 | 0 | |||||||||||||||||||||
Internacional | 0 | 0 | |||||||||||||||||||||
Goiás | 0 | 4 | |||||||||||||||||||||
Goiás | 1 | 3 | |||||||||||||||||||||
Ferroviário-CE | 0 | 1 | |||||||||||||||||||||
Goiás | 3 | 0 | |||||||||||||||||||||
Atlético Mineiro | 0 | 2 | |||||||||||||||||||||
Náutico | 1 | 0 | |||||||||||||||||||||
Atlético Paranaense | 0 | 0 | |||||||||||||||||||||
Náutico | 1 | 0 | |||||||||||||||||||||
Atlético Mineiro | 1 | 3 | |||||||||||||||||||||
América de Natal | 0 | 0 | |||||||||||||||||||||
Atlético Mineiro | 3 | 7 | |||||||||||||||||||||
Goiás | 2 | 0 | |||||||||||||||||||||
Sport | 1 | 1 | |||||||||||||||||||||
Vitória | 2 | 0 | |||||||||||||||||||||
Avaí | 0 | 1 | |||||||||||||||||||||
Vitória | 0 | 2 | |||||||||||||||||||||
Vasco | 0 | 1 | |||||||||||||||||||||
Rio Negro | 1 | 1 | |||||||||||||||||||||
Vasco | 1 | 2 | |||||||||||||||||||||
Vitória | 1 | 0 | |||||||||||||||||||||
Sport | 0 | 2 | |||||||||||||||||||||
Guarani | 3 | 1 | |||||||||||||||||||||
Flamengo-PI | 1 | 1 | |||||||||||||||||||||
Guarani | 1 | 0 | |||||||||||||||||||||
Sport | 1 | 1 | |||||||||||||||||||||
Fortaleza | 0 | 0 | |||||||||||||||||||||
Sport | 0 | 1 | |||||||||||||||||||||
Sport | 0 | 1 | |||||||||||||||||||||
Grêmio | 0 | 2 | |||||||||||||||||||||
Blumenau | 1 | 1 | |||||||||||||||||||||
Operário-MS | 1 | 0 | |||||||||||||||||||||
Blumenau | 1 | 1 | |||||||||||||||||||||
Flamengo | 3 | 3 | |||||||||||||||||||||
Flamengo | 2 | 2 | |||||||||||||||||||||
Paysandu | 0 | 1 | |||||||||||||||||||||
Flamengo | 2 | 2 | |||||||||||||||||||||
Corinthians | 0 | 4 | |||||||||||||||||||||
Sampaio Corrêa | 3 | 0 | |||||||||||||||||||||
Corinthians | 2 | 1 | |||||||||||||||||||||
Corinthians | 5 | 0 | |||||||||||||||||||||
Tiradentes | 0 | 1 | |||||||||||||||||||||
Tiradentes | 1 | 0 | |||||||||||||||||||||
Atlético Goianiense | 0 | 0 | |||||||||||||||||||||
Flamengo | 2 | 1 | |||||||||||||||||||||
Grêmio | 2 | 6 | |||||||||||||||||||||
Cruzeiro | 0 | 1 | |||||||||||||||||||||
Botafogo-PB | 0 | 1 | |||||||||||||||||||||
Cruzeiro | 1 | 0 | |||||||||||||||||||||
Bahia | 0 | 2 | |||||||||||||||||||||
Confiança | 0 | 0 | |||||||||||||||||||||
Bahia | 1 | 1 | |||||||||||||||||||||
Bahia | 0 | 0 | |||||||||||||||||||||
Grêmio | 1 | 2 | |||||||||||||||||||||
Pinheiros | 0 | 1 | |||||||||||||||||||||
Mixto | 1 | 2 | |||||||||||||||||||||
Mixto | 0 | ||||||||||||||||||||||
Grêmio | 5 | [2] | |||||||||||||||||||||
Ibiraçu | 0 | 0 | |||||||||||||||||||||
Grêmio | 1 | 6 |
Finais
Copa do Brasil | Sport | 0 - 0 | Grêmio | Estádio Adelmar da Costa Carvalho, Recife-PE, BRA |
Final - Jogo de ida sábado, 26 de agosto de 1989 16:00 (UTC-3) |
Relatório |
Público: 36.117 (pagantes) Renda: NCz$ 197.932,00 Árbitro: BRA José de Assis Aragão |
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Copa do Brasil | Grêmio | 2 - 1 | Sport | Estádio Olímpico Monumental, Porto Alegre-RS, BRA |
Final - Jogo de volta sábado, 02 de setembro de 1989 16:00 (UTC-3) |
Assis 9' Cuca 51' |
Relatório |
31' (g.c.) Mazarópi | Público: 62.807 (pagantes) Renda: NCz$ 548.096,00 Árbitro: BRA José de Assis Aragão |
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Premiação
Copa do Brasil de 1989 | ||
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Campeão (1º título) |
Gols em Vídeo
Estatísticas
Artilharia
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Artilharia do Grêmio
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Ligações externas
Referências
- ↑ Em 1989, Grêmio conquistava a primeira Copa do Brasil
- ↑ O Grêmio venceu a partida de volta por W.O.